sexta-feira, 18 de março de 2011

O QUE FICAREMOS A SABER DEPOIS DE UMA LONGA IDADE?!


Paulo Geraldo disse:

Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias. E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.

Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.

E Juan Luis Lorda disse:

Quando se actua contra a consciência, a fraqueza acentua-se e perde-se a liberdade interior: os sentimentos deseducam-se e arrastam-nos para os caprichos, ao mesmo tempo que vamos caindo no hábito do “mais fácil” que fomenta a preguiça. Este cair na incoerência leva a ter cada vez mais fraca a voz da consciência.

E esta, na minha opinião, é a única coisa que resta, a consciência, as coisas que não fizemos e tentamos esquecer. E porquê?! Porque é mais fácil estar calado! É sempre mais fácil dizer aquilo que não foi dito por nos como se fosse da nossa autoria! É mais fácil falar com a boca dos outros!
hoje conclui:

Não é a montanha que nos faz desanimar, mas a pedrinha que trazemos no sapato.

quinta-feira, 3 de março de 2011

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Poderíamos dar ouvidos ao mediocridade que quer instalar-se em nós. E evitar, por medo e preguiça, as dificuldades, as complicações, o sonho. Mas "evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada". Quem disse isto foi Helen Keller, a menina cega, surda e muda que veio a ser pedagoga e escritora. A mediocridade tira toda a graça e todo o sal ao tempo que passamos aqui. (Paulo Geraldo)

Às vezes, quando tudo parece errado acontecem coisas tão maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse sido certo.!!!!